terça-feira, 22 de julho de 2008

A transfusão de sangue, nada mais é que uma transfusão de órgão (no caso o sangue), tendo como objetivo melhorar o estado geral do indivíduo para que o tratamento específico para a causa da doença seja instituído, ou seja, não é a cura e sim uma medida de suporte.
São conhecidos mais de 13 tipos sanguíneos nos cães domésticos e 3 nos gatos. São raros os locais que realizam a tipagem sanguínea desses animais no Brasil, sendo realizados, na prática, testes de compatibilidade entre o sangue do doador e do receptor.
No caso dos cães, a primeira transfusão é relativamente segura pois o animal nunca entrou em contato com sangue diferente do seu e até então não produziu células de defesa; já nos gatos, precisamos ter cuidados redobrados pois estes possuem células de defesa, mesmo sem nunca terem sido transfundidos.O animal doador deve estar saudável, com a carteira de vacinação regular, não apresentar ectoparasitas (pulgas e carrapatos), nem endoparasitas (deve ter recebido vermifugação bimestral) e serem dóceis.No caso dos cães, é recomendável que pesem mais de 27 Kg e mais de 3,6 Kg no caso dos gatos, havendo preferência por machos, ou fêmeas que nunca tenham apresentado gestação (gerado filhotes).
O sangue é colhido pela veia do animal e armazenado em bolsas plásticas, ou em seringas quando em pouca quantidade, contendo ambas alguma solução anti-coagulante e conservante. O sangue é armazenado e pode ser separado em componentes tais como: concentrado de hemácias, plasma e concentrado de plaquetas. Podem ser congelados, apenas refrigerados, ou permanecerem sob agitação mecânica constante. Em casos específicos, quando o animal apenas necessita de um componente sanguíneo, este pode ser administrado proporcionando maior segurança ao procedimento.
O médico veterinário decidirá clinicamente a necessidade da transfusão, considerando os seguintes fatores: hemorragia contínua, testes sanguíneos, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, mucosas pálidas, necessidade de procedimentos cirúrgicos futuros, histórico de doença corrente e reação clinicado paciente durante e após a transfusão. O início da transfusão deve ser realizado de forma lenta, para serem observadas possíveis reações agudas de incompatibilidade, que não estão descartadas, mesmo após alguns testes laboratoriais de compatibilidade serem realizados. Assim temos que as respostas de incompatibilidade podem ser agudas (imediatas) ou tardias (após semanas). Recomenda-se duração máxima da transfusão de quatro horas evitando contaminação do sangue transfundido. É interessante que o proprietário acompanhe o animal neste momento, assegurando-lhe tranqüilidade.Doar sangue é um ato de amor, e no caso dos animais cabe a nós tomarmos esta decisão.
Faça do seu animal um doador, e salve vidas.

Crédito: Site anamariabraga.globo.com - Anna Carolina Pinheiro do CarmoMédica Veterinária Pós-Graduanda do Setor de Anestesiologia do HOVET UnG

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